Amazon Medical Journal

Amamentação em mulheres com mamoplastia prévia de redução de mamas ou de aumento de mamas com prótese de silicone

Maria Jeane Veras de Resende — 2025-03-24

O aleitamento materno é uma condição indispensável para o desenvolvimento saudável do lactente e para a regulação dos processos fisiológicos da mãe pós-parto. Entretanto, a alteração da estrutura mamária pós cirurgias de mamoplastia redutora ou de aumento da mama por próteses de silicone compromete a eficácia da amamentação, pois está associada a redução da quantidade de tecido glandular disponível, menor produção de leite e maiores taxas de complicações maternas, tais como a mastite.

A necessidade de estudos sobre os impactos biopsicossociais em Profissionais da Saúde após a perda do primeiro paciente: uma revisão integrativa

Renata Duarte Goncalves — 2025-07-14

Introdução: A compreensão da morte como um aspecto natural da vida é essencial na formação de profissionais da saúde. Contudo, a falta de ênfase nos cuidados paliativos (CP) nos currículos acadêmicos tem levado a lacunas significativas na preparação dos estudantes e profissionais para lidar com a morte de pacientes. Essa deficiência gera impactos biopsicossociais, incluindo estresse emocional e profissional. Objetivo: Analisar criticamente a importância do ensino de cuidados paliativos para lidar com a perda do primeiro paciente e os impactos biopsicossociais enfrentados por profissionais de saúde. Métodos: Adotou-se uma revisão integrativa para analisar estudos publicados nos últimos 10 anos, em língua inglesa e portuguesa, focados nos impactos biopsicossociais após a perda do primeiro paciente e na importância do ensino de CP. Foram utilizadas bases de dados eletrônicas, como PubMed, Scopus e Web of Science, com critérios de inclusão que abordavam a relevância do tema. Resultados: A ausência de abordagem efetiva em cuidados paliativos nos currículos acadêmicos brasileiros revelou repercussões significantes, incluindo dificuldades no manejo da perda de pacientes. Isso desencadeou quadros de estresse, depressão, ansiedade e Síndrome de Burnout entre estudantes e profissionais de saúde. A falta de preparo refletiu-se na visão limitada dos CP, muitas vezes reduzidos ao alívio do sofrimento físico, negligenciando sua abordagem holística. Conclusão: A integração dos cuidados paliativos nos currículos da saúde é crucial. Isso não apenas prepara os profissionais para lidar com a morte de pacientes, mas também fortalece sua capacidade de oferecer um cuidado compassivo e holístico. A falta de instrução adequada revelou-se prejudicial para a saúde mental dos profissionais e para a qualidade do cuidado oferecido. Investir no ensino de CP pode transformar não apenas a prática clínica, mas também a resiliência emocional dos profissionais, resultando em um sistema de saúde mais humanizado e eficaz.

Escalas e Questionários utilizados no Brasil para avaliação e diagnóstico dos transtornos mentais – uma revisão

Dania Lemos Dionizio — 2025-05-08

Introdução: O presente trabalho é parte de uma pesquisa de pós-graduação em Ensino de Ciências e Saúde de uma universidade do Brasil e problematiza o contexto atual em saúde mental, em que muitos sujeitos sofrem psiquicamente, sem receberam diagnóstico adequado para seus respectivos quadros clínicos. Segundo avaliação da OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2019, cerca de 1 bilhão de pessoas eram portadoras de um transtorno mental, e a prevalência desde então, está crescente. Objetivo: identificar as ferramentas (escalas e questionários) mais comumente utilizadas no Brasil, para avaliação e rastreio diagnósticos em pesquisas envolvendo pacientes portadores de transtornos mentais comuns (TMC). Método: para este estudo de revisão, foram selecionadas 60 publicações por meio do portal de periódicos CAPES com sua extensa base de dados. Resultados: foram demonstradas as escalas mais utilizadas na prática clínica e nas pesquisas científicas, traduzidas e validadas para o português do Brasil: QSG-12 (Questionário de Saúde Geral), SF-12 (Questionário de avaliação da qualidade de vida) , SRQ-20 (Questionário de Autorrelato), Escala de Ansiedade/Depressão/Desesperança e de Ideação suicida de Beck, DASS-21 (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse), ISSL (Inventário de Sintomas de Estresse para adultos), MBI (Inventário para Burnout de Maslach), ESE (Escala de Sonolência Diurna de Epworth), HADS (Escala Hospitalar para Ansiedade e Depressão). Conclusão: A identificação e delimitação de instrumentos utilizados para o rastreio e diagnóstico clínico de índices do sofrimento psíquico pode ajudar profissionais no acolhimento e respectivo encaminhamento pata tratamento adequado de sujeitos que necessitam de cuidados em saúde mental. Para nossa pesquisa de mestrado profissional, tal levantamento nos servirá de base para a criação de material de ensino que auxiliará profissionais em relação à problemática de identificação do sofrimento.

Simulação realística como facilitadora do ensino na ultrassonografia obstétrica no nível básico de estudantes de medicina: uma revisão integrativa

Cláudia Aparecida da Silva Lima — 2025-07-14

A simulação realística (SR) é uma forte ferramenta no auxílio da educação atual desempenhando papel importante nas ações chamadas de metodologias ativas. O conhecimento do futuro médico em suas práticas– aprimorado através da SR –contribui para redução de erros e aumentando a segurança na sua atuação cotidiana, sem prejuízo ao paciente, ampliando os campos da experiência e habilidade, aprimorando o desempenho profissional. A imaginologia, em especial a ultrassonografia, já iniciada nos anos finais do curso de medicina também está engajada mais do que nunca em formar profissionais capacitados nessa especialidade. O objetivo deste trabalho é coletar os artigos para entender o que se tem feito cientificamente, quais as variáveis e efetividade da SR no ensino/ aprendizagem da ultrassonografia obstétrica na graduação, área de atuação crescente na medicina e ferramenta de extrema importância no bem-estar do binômio mãe-filho.

Estudo sobre a relação entre a Sonata K448 de Mozart e a extinção da memória sonora ao medo em camundongos machos

Maria Luiza Eloi Faria Alves — 2025-04-12

Introdução: Define-se memória como a capacidade que um ser vivo tem de captar, arquivar e retomar informações. De forma semelhante, há mecanismos capazes de extingui-las, mediante a depressão de estímulos responsáveis por cria-las. Nesse contexto, existem estudos que corroboram nas implicações positivas da música clássica de Mozart no aumento da neurogênese hipocampal, entretanto, ainda há uma lacuna que estabeleça essa relação no processo de extinção. Objetivo: Investigar a interferência da Sonata K448 de Mozart na extinção da memória do medo em camundongos machos ao som. Métodos: O projeto foi realizado com 22 camundongos C57BL/6 - conforme aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais, sob protocolo 08/21, divididos G1: Mozart(n=12), G2: Ambiente(n=5) e G3: Controle(n=5). Apenas (G1) foi exposto à música, (G2/G3) foram expostos apenas ao ruído ambiente. Do 50º ao 53º dia, os animais foram habituados. No 54º realizou-se treinamento aversivo com grupos (G1/G2). No dia 55º iniciaram teste de extinção, com duração de 12 dias consecutivos. Os procedimentos foram registrados pelo software Etholog 2.22 para análise do comportamento dos camundongos. Resultados: Não houve diferença significativa entre grupos para a sessão de treinamento aversivo (t(15)=2,02; p=0,062), a média ± EPM da porcentagem de comportamento de freezing para o grupo Mozart (0,86% ± 0,20%) foi igual à do grupo Ambiente (0,19%± 0,12%). Igualmente não foram verificados
efeito principal dos grupos (F(2;19)=2,11; p=0,149), bem como interação dias*grupos (F(10,54; 100,09)=1,24; p=0,276). Conclusão: Não foi constatada diferença significativa entre o grupo exposto à Sonata de Mozart e o grupo ambiente, no que concerne à extinção da memória traumática após exposição ao som e ao choque. Da mesma forma, constatou-se, também, que a exposição a Mozart não produziu efeitos negativos na consolidação nem na extinção da memória.